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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Arqueologia e Paleontologia-Diferença

Arqueologia






Arqueologia (do grego, « archaios », antigo, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte, as vénus) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitectónicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.

A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida. Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como a reconstrução da vida dos povos antigos.

Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia; enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia dedica-se ao estudo das manifestações materiais destas. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os antropólogos veriam o mesmo objecto como um instrumento que lhes serviria para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram.

Paleontologia




Fósseis de Trilobitas

A vida na Terra surgiu há aproximadamente 3,8 bilhões de anos e, desde então, restos de animais e vegetais ou evidências de suas atividades ficaram preservados nas rochas. Estes restos e evidências são denominados fósseis e constituem o objeto de estudo da Paleontologia.

A Paleontologia (do grego palaiós, antigo + óntos, ser + lógos, estudo) é a ciência natural que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da informação biológica no registro geológico, isto é, a formação dos fósseis.

A Paleontologia desempenha um papel importante nos dias de hoje. Já não é a ciência hermética, restrita aos cientistas e universidades. Todos se interessam pela história da Terra e de seus habitantes durante o passado geológico, para melhor conhecerem as suas origens.

O objecto imediato de estudo da Paleontologia são os fósseis, pois são eles que, na actualidade, encerram a informação sobre a morte do passado do Planeta. Por isso, se diz frequentemente que a Paleontologia é, simplesmente, a ciência que estuda os fósseis. Contudo, esta é uma definição redutora, que limita o alcance da Paleontologia, pois os seus objectivos fundamentais não se restringem ao estudo dos restos fossilizados dos organismos do passado. A Paleontologia não "pretende" apenas estudar os fósseis, procura também, com base neles, entre outros aspectos, conhecer a vida do passado geológico da Terra.

Uma vez que os fósseis são objectos geológicos com origem em organismos do passado, a Paleontologia é a disciplina científica que estabelece a ligação entre as ciências geológicas e as ciências biológicas. Conhecimentos acerca da Geografia são de suma importância para a paleontologia, entre outros, através desta pode-se relacionar o posicionamento e distribuição dos dados coletados pelo globo.

Arcoverde na Rota da Paleontologia

Foram encontrados vários fosseis de animais pré-históricos (Mastodonte, Preguiça Gigante, Tigre Dente de Sabre e Tatu Gigante) no município de Arcoverde - PE, no Sitio Soares em Ipojuca (distrito), quando estávamos fazendo um passeio pelas as terras da referida fazenda nos deparamos com algo diferente para a região então fomos ver o que era, de principio o professor falou algo sobre fosseis, mas ate o momento não tínhamos certeza do que era ai votamos na cidade Arcoverde onde entramos em contato com a Professora de Paleontologia da Federal aonde ele veio com uma equipe de paleontólogos e uma equipe do jornal do Comercio de PE. Onde tiraram varias fotos e publicarão uma reportagem sobre o assunto ocorrente, mas a professora levou os fosseis para a capital Recife e ate agora não os devolveu... Gostaria de explanar esse assunto por que quem perde e o município... Colabore com essa noticia repassando para seus amigos que ficaremos gratos Equipe de Geografia, Biologia e Historia AESA-CESA Arcoverde.
















sábado, 26 de dezembro de 2009

VALE DOS DINOSSAUROS - SOUSA/PB - UM MARCO DO PASSADO NO BRASIL


"0 estudo dos dinossauros - a origem e diversidade de espécies, o seu habitat, o modo de vida e as causas de sua extinção sempre atraiu a atenção de muitas pessoas em todo o mundo, entre elas, os colecionadores de selos.

Os vestígios desses animais foram encontrados no "Vale dos Dinossauros ", município de Sousa, Estado da Paraíba.

Os dinossauros - do grego: DEINOS (= terrível) e SAURIOS (= lagarto), pertenceram à classe dos répteis e se multiplicaram em inúmeras espécies de todos os tamanhos, nitidamente adaptadas aos seus diversos ambientes naturais.

Apesar de terem sido animais especificamente terrestres, os dinossauros não desprezavam os cursos d’água doce ou marinha rasas, onde as espéçiès herbívoras pastavam e as carnívoras nadavam, caçando ou pescando. Alguns dinossauros atacavam com garras e grandes dentes serrilhados; outros se defendiam com garras ou chifres, ou com cristas de placas ósseas. Os dinossauros podiam viver até mil anos ou mais. Chegaram a sua extinção, deixando como vestígios inúmeras ossadas, rastros e ovos fósseis.

O Vale dos Dinossauros/PB é internacionalmente conhecido do ponto de vista das pegadas, fósseis de dinossauros é um dos locais arqueológicos mais importantes do mundo.

As primeiras pegada de dinossauros no Brasil foram encontradas, em 1897, na localidade de Passagem

das Pedras (Sousa - PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que com espanto denominou-as de "rastro do boi e rastro da ema".

Em 1920, o geólogo Luciano Jaques de Moraes, em missão da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), soube da existência dos "rastros do boi e da ema". Comprovou "in loco" que se tratavam de rastros de dinossauros e divulgou por meio de sua obra "Serras e Montanhas do Nordeste", edição de 1924, a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito rochoso do Rio do Peixe. Apesar dasua importância, o material, no entanto, ficou por longo tempo esquecido, ora submerso pelas inundações desse rio, temporário, ora coberto por grandes camadas de areia e cascalho.

Em 1975, a Icnologia (estudo daspegadas fósseis) voltou à tona no Brasil, e empreendeu-se uma exploração sistemática de todas as bacias fósseis sedimentares do País com o amparo do CNPq. Coube então a Giuseppe Leonardi - padre, geólogo, paleontólogo e pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - natural de Veneza (Itália), buscar as pistas dinossáuricas divulgadaspor Lucino J. de Moraes. Constatou-as, partindo para novas e sucessivas pesquisas com escavações, inclusive, com os seus colaboradores, acabou por descobrir cerca de vinte localidades com pegadas de dinossauros, sendo que treze destas do Mnicípio de Sousa e sete no município de São João de Rio do Peixe (ex - Antenor Navarro), e mais em outras áreas dos municípios do Oeste-Paraibano, numa extensão aproximada de 700 Km2, região que veio receber o nome sugestivo de Vale dos Dinossauros.

Das treze localidades descobertas, no município de Sousa, algumas são muito ricas em detalhes, apresentando não somente interesse científico, mas sustentando espanto e a admiração do público em geral. A localidade mais bonita e clássica na opinão de Giuseppe Leonardi, permanece sendo a primeira descoberta por Anísio Fausto da Silva em Passagem das Pedras. Ali a pista principal é a de um iguadonte - dinossauro semibípede e herbívoro, pesando entre três e quatro toneladas - profundamente gravada na rocha, numa linha reta de mais ou menos cinqüeta metros. As pegadas medem 40 cm de largura e observam-se também as gretas de contração da lama petrificada. Nesta localidade está sendo implantado um arrojado projeto de infra-estrutura de preservação ambiental e turística financiado com recursos do MMA-PED/BANCO MUNDIAL.

Em 20 de novembro de 1996 um grupo de sousenses decidiu fundar uma ONG, a MOVISSAUROS - Associação Comunitária "Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros", quando a partir de então foram realizadas várias buscas de novas pistas dinossauricas nos municípios de Sousa e São João de Rio do Peixe, ambos na Paraíba. Até agora foram descobertas mais de 150 novas pegadas de dinossauros - herbívoros e carnívoros.

De todos esses achados o mais surpreendente foi uma trilha com 14 pegadas que não chega a medir um metro em linha reta. Cada pegada mede apenas 2 cm de diâmetro - são as únicas deste tamanho até agora encontradas no Vale dos Dinossauros e ainda sem identiftcação científicas. Isto prova que o Vale dos Dinossauros foi habitado há 130 miIhões de anos por animais gigantes como saurópodos e por minúsculos, como as pegadas encontradas no Serrote Benção de Deus (Sousa -PB).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Arqueólogos israelenses encontram casa da época de Jesus em Nazaré

Na casa, foram achados potes de argila, que indicam que ela foi habitada por uma família judia pobre.

Residência no norte de Israel é da época de Jesus (Foto: AP/Dan Balilty)















É provável que Jesus e seus amigos de infância tenham conhecido a casa"
Arqueólogos israelenses revelaram nesta segunda-feira (21) que encontraram os restos da primeira residência encontrada na cidade de Nazaré, no norte de Israel, que pode ser da época de Jesus Cristo.

De acordo com o jornal israelense "Haaretz", a descoberta fornece mais dados sobre como era a vida na cidade de Nazaré há cerca de 2 mil anos. A casa provavelmente fazia parte de um pequeno vilarejo com cerca de 50 residências habitadas por judeus pobres.

Uma porta-voz da Autoridade Israelense para Antiguidades, Yardenna Alexandre, informou que os restos de uma parede, uma cisterna para coleta de água da chuva e um refúgio foram encontrados depois da descoberta do pátio de um antigo convento.
Os arqueólogos também encontraram potes de argila, do tipo que era usado pelos moradores da Galileia (norte de Israel) na época, uma indicação de que a casa pertencia a uma família judia simples.
"É provável que Jesus e seus amigos de infância tenham conhecido a casa", afirmou a porta-voz em entrevista.

Dinossauros surgiram na América do Sul

Um fóssil descoberto no Novo México, nos Estados Unidos, que pertence ao grupo dos terópodes – do qual fazem parte o tiranossauro e o velocirraptor –, indica que os primeiros dinossauros surgiram na atual América do Sul, de onde se dispersaram pelo mundo.

Comparado com os registros fósseis do Jurássico e do Cretáceo, o retrato da vida dos dinossauros no Triássico Superior não traz a mesma clareza. Sabe-se que os dinossauros se dividiram, nesse último período, em três grupos principais – terópodes, sauropodomorfos e ornitisquia –, mas os fósseis são raros e, quando encontrados, incompletos.

Sterling Nesbitt, da Divisão de Paleontologia do Museu Americano de História Natural, em Nova York, e colegas descrevem em artigo publicado nesta sexta-feira (11), na revista Science, esqueletos quase completos de um dinossauro terópode do Triássico Superior.

Os cientistas deram à espécie, que viveu há cerca de 214 milhões de anos, o nome de Tawa hallae. O nome reúne a palavra em hopi (língua de povo indígena norte-americano) para o deus do sol (Tawa) com uma homenagem à paleontóloga amadora Ruth Hall, mulher de Jim Hall, fundador do Ghost Ranch, sítio em que os fósseis foram encontrados.

O dinossauro era carnívoro e media cerca de 2 metros de comprimento e 70 centímetros de altura. Tinha uma mistura de características de espécies que vieram tanto antes como depois. Com os predecessores, compartilhava o formato de sua pelve, por exemplo. Com seus sucessores, dividia características como vértebras com espaços cheios de ar.

A semelhança da pelve com o anterior herrerassauro, encontrado na Argentina, foi destacada pelos cientistas, uma vez que essa espécie tem sido muito discutida desde que foi encontrada, na década de 1960. O novo estudo afirma que as características que o herrerassauro compartilha com o Tawa hallae comprovam que o primeiro era também um terópode. O que reforça a teoria da origem sul-americana.

Mas o grupo também analisou as relações evolucionárias da nova espécie com dinossauros conhecidos do Triássico Superior. A partir da complexidade e da diversidades dessas relações, os pesquisadores concluíram que os terópodes então encontrados na América do Norte não eram endêmicos e que seus predecessores possivelmente se originaram na América do Sul.

Foi apenas após a divergência em terópodes, sauropodomorfos (como o apatossauro) e ornitisquia (como o tricerátops), ocorrida há mais de 220 milhões de anos, que os dinossauros se dispersaram por todo o mundo Triássico, em um momento em que os continentes ainda se encontravam reunidos na Pangeia.

O artigo A Complete Skeleton of a Late Triassic Saurischian and the Early Evolution of Dinosaurs, de Sterling Nesbitt e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. (Fonte: Agência Fapesp)

Dinossauro venenoso

Um grupo de cientistas chineses e norte-americanos descobriu um dinossauro venenoso, com aparência de ave, que viveu há cerca de 128 milhões de anos onde hoje está a China.


Trata-se da primeira descrição de veneno na linhagem que deu origem às aves modernas. O estudo será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences



“Podemos dizer que esse animal era uma ave venenosa. É um achado que certamente terá um grande impacto”, afirmou Larry Martin, professor da Universidade do Kansas e curador do Museu de História Natural e Instituto de Biodiversidade, um dos autores da pesquisa.



O animal descrito, Sinornithosaurus (“ave-lagarto da China”), é um parente próximo do velocirraptor. Viveu em florestas no nordeste da China que continham grande variedade de animais, incluindo outros dinossauros e aves primitivas.



“Tinha o tamanho aproximado de um peru atual e, muito provavelmente, tinha penas. Foi um predador especializado de aves e dinossauros de pequeno tamanho. Era um parente muito próximo do microrraptor, que tinha asas e planava”, explicou Martin.



Segundo o cientista, o veneno não era letal, mas colocava rapidamente a vítima em choque, diminuindo as chances de retaliação ao ataque, de fuga ou de ser devorado por outros predadores. Em pouco tempo o Sinornithosaurus devorava sua presa.



“As vítimas eram atacadas de surpresa. Ele se escondia em uma árvore, por exemplo, e dava o bote por trás. O objetivo era posicionar as mandíbulas. Uma vez que os dentes estavam na pele da presa, o veneno penetrava na ferida, saindo de glândulas e escorrendo pelos dentes. A vítima entrava em choque e observava o predador em ação enquanto era devorada, sem poder reagir”, disse Martin.



O Sinornithosaurus tinha pelo menos duas espécies que, segundo o estudo, empregavam um sistema de veneno semelhante ao de alguns lagartos modernos, como os do gênero Heloderma. Mas tinha dentes mais longos, eficientes para passar pelas camadas de penas de suas vítimas, no caso das aves. (Fonte: G1)

Arqueólogos descobrem grandes áreas urbanas na Amazônia pré-histórica

Grupo encontrou 'cidades' de 700 anos cercadas com muralhas e fossos.
Comunidades lembravam assentamentos medievais ou da Grécia Antiga.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Tire da sua cabeça a velha idéia de que a Amazônia antes de Cabral era um grande vazio, um monte de "mato" com duas ou três tribos indígenas vagando ao léu. Essa visão está indo por terra há tempos, e acaba de levar uma nova pancada num artigo científico publicado nesta sexta (29). Pesquisadores americanos e brasileiros estudaram a região do Alto Xingu, em Mato Grosso, e acharam indícios de uma rede de assentamentos urbanos defendidos por muralhas e fossos, unidos por largas estradas e organizados em torno de centros rituais que lembram os que ainda são usados pelos índios da área. Trechos do Xingu que hoje parecem mata virgem ainda guardam, na verdade, as cicatrizes de "cidades" perdidas de 700 anos, afirmam os cientistas em pesquisa na revista americana "Science" .













Restos de uma casa que foi queimada na região (Foto: Science/AAAS)

As aspas em torno da palavra "cidades" são necessárias porque, ao que parece, os ancestrais dos índios cuicuros e outros povos do Alto Xingu não usavam o espaço da maneira urbana tradicional, empacotando grande quantidade de casas num só lugar. Em vez de um conjunto de arranha-céus, seus assentamentos estão mais para um condomínio fechado com vasta área verde. Eles combinavam uma sucessão de vilas, unidas por estradas (as maiores com até 50 m de largura), com trechos entremeados de lavouras de mandioca, florestas manejadas e mata virgem.

"O problema é que, se você acha esse tipo de coisa na Europa, é uma cidade. Se você acha isso em outro lugar, tem de ser outra coisa", explicou em comunicado oficial o arqueólogo americano Michael Heckenberger, coordenador da pesquisa, que trabalha na Universidade da Flórida em Gainesville. "Elas têm planejamento e organização incríveis, mais do que muitos exemplos clássicos do que as pessoas chamam de urbanismo", diz Heckenberger. O arqueólogo trabalhou, no Xingu, junto com especialistas como os antropólogos Carlos Fausto e Bruna Franchetto, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com Afukaka Kuikuro, da tribo dos cuicuros, que também assina o estudo.

Polêmica de terminologia à parte, o certo é que, para os pesquisadores, as comunidades urbanas do Mato Grosso pré-Cabral tinham mais ou menos o tamanho de uma cidade média da Grécia Antiga (Esparta, por exemplo, que era relativamente modesta) ou da Idade Média (Coimbra na época em que o reino de Portugal foi fundado, digamos). Tais como essas comunidades antigas, as "cidades" do Xingu se organizavam em torno de uma praça central, com cerca de 150 m de comprimento, que servia para reuniões e atividades religiosas rituais.















Dique para captura de peixes era comum nos assentamento e ainda é usado por índios cuicuros (Foto: Science/AAAS)

Segundo Heckenberger, os assentamentos estavam organizados de forma hierárquica, com "cidades" centrais maiores e vilas subordinadas, dispostas a poucos quilômetros de distância umas das outras, de maneira que uma caminhada de 15 minutos era suficiente para ir de um local a outro. As estradas que cortavam os conglomerados de assentamentos se organizavam de acordo com princípios astronômicos simples, orientando-se de nordeste para sudoeste.

Na região estudada pelos cientistas com a ajuda de aparelhos de GPS e guias indígenas, os assentamentos parecem ter se organizado em duas "ligas" de "cidades" e vilas, cada uma com território de uns 250 quilômetros quadrados e população combinada de 50 mil pessoas. Além das muralhas (feitas com paliçadas), fossos e estradas, elas eram servidas por infraestrutura de pontes, diques para captura e manejo intensivo de peixes e canais usados para o transporte via canoa lado a lado com as estradas.

Culpa de Cabral?

Toda essa complexidade urbana e social traz à baila a questão inevitável: o que aconteceu? Como a região deu lugar às aldeias e tribos relativamente modestas de hoje? O que os arqueólogos sabem é que o apogeu das "cidades" do Xingu foi de 700 a 500 anos atrás. Coincidência ou não, o período se encerra com a chegada dos europeus à América do Sul.

Acredita-se que o declínio das populações indígenas no continente esteja fortemente associado às doenças européias, contra as quais seu organismo não tinha imunidade, e as epidemias de varíola, peste bubônica e outras moléstias apareciam mesmo entre povos que não tinham tido contato direto com os colonizadores -- bastava se encontrar com outros nativos já infectados. Por isso, é bem possível que esses males estejam por trás do fim do urbanismo amazônico.