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domingo, 30 de maio de 2010
ARQUEOLOGIA Pirâmide de 2,7 mil anos é achada no México
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Museus. Uma visita aos tesouros escondidos
As paredes grossas, a porta blindada e a falta de janelas, fazem do antigo cofre de Salazar um local perfeito para criar um ambiente com 27% de humidade. A climatização improvisada, com dois desumidificadores, é a forma ideal para conservar metais, como o ferro ou o cobre. "São peças muito vulneráveis e entram facilmente em corrosão", diz ao i.
Estes são alguns dos objectos que estão afastados do olhar do público há décadas. Aliás, os museus têm a maior parte das suas colecções em reservas. O Museu Hermitage, em São Petersburgo, por exemplo, tem três milhões de objectos guardados.
Uma das razões é a óbvia falta de espaço para ter tudo em exposição, mas as peças de arte e obras históricas não resistem à constante investida de turistas e às luzes dos expositores. "Até o ouro fica desgastado. Temos peças da Idade do Bronze (2000-1700 a.C.) que têm estado sempre expostas e estão a ficar avermelhadas. Estão em vitrinas, a temperatura está controlada, mas mesmo o ouro altera-se", explica o director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo.
Não é de estranhar que a sala seca tenha prateleiras até ao tecto. Em cada uma das caixas, devidamente numeradas e catalogadas, encontramos tesouros. Basta abrir uma ao calhas para darmos de caras com uma espada da Idade do Bronze ou com a Tábua de Vipasca, encontrada em Aljustrel, que contém um dos mais importantes fragmentos de legislação mineira romana recolhidos em toda a Europa. Ao fundo da sala está o cofre, com as peças de joalharia. Este, nem os jornalistas podem espreitar.
Ânforas e esqueletos O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) tem cerca de 12 reservas, entre elas, a geral que é a maior, a sala seca, a reserva de ânforas ou mesmo uma antropológica, ou seja, de esqueletos. O esqueleto de uma mulher visigoda esteve há pouco tempo em exposição. Está tão bem conservado que é possível reconhecer-lhe todos os dentes e um anel no dedo.
Dos sete mil metros de área, apenas três mil são para exposições, o resto está repleto de estátuas e cacos. Muitos cacos. "Quantas peças temos? Sabe, sem querer ser ofensivo, essa é uma pergunta um pouco infantil. É que num museu como o nosso, a maior estação arqueológica do país, não é possível saber o número certo. Cerca de 70% das colecções do museu continuam inéditas", diz o director Luís Raposo.
O que à primeira vista pode chocar é facilmente compreendido. Primeiro, porque num museu de arqueologia qualquer fragmento de tecido, caco de cerâmica ou pedrinha é um objecto histórico. Segundo, o território português é ocupado há muitos milhares de anos e, como se costuma dizer, sempre que se faz um prédio em Lisboa, descobre-se mais uma estação arqueológica. Mas o actual director acrescenta outra explicação. "O fundador do museu, o Dr. Leite Vasconcelos, fez um contrato com a CP, no final do século XIX. Qualquer pessoa que encontrasse uma peça arqueológica podia mandá-la de comboio para Lisboa, sem ter de pagar o transporte."
Os números disponíveis apontam para a existência de 80 mil a 100 mil peças estudadas no museu e 60 mil inventariadas. O que encontrámos nas reservas foi um cenário bem diferente do que o secretário de Estado da Cultura contou em Abril. "Ele não conhece as reservas do MNA, mas respondendo a um deputado disse que estava tudo muito mal organizado e que havia peças embrulhadas em jornais dos anos 30. Isso não é verdade, as nossas reservas são até um case study", diz o director, Luís Raposo.
Numa área do auditório, mesmo ao lado da exposição, há uma parede falsa, com acesso à reserva geral. Quando entramos, deparamo-nos com uma imagem estranha. No meio dos claustros dos Jerónimos está uma estrutura de metal azul, de dois andares, que não está presa a nenhuma das paredes. No andar de baixo estão as estátuas de maior porte e nos dois andares encontramos vasos, cântaros e a primeira escultura portuguesa. "É um dos 940 tesouros nacionais do nosso museu. Foi encontrada em Aronches e é a primeira tridimensional, vemos um nariz, dois olhos e cabelo. Já esteve muitas vezes em exposição. Agora está em repouso."
Quadros às escuras José António Oliveira nunca toca num quadro ou desenho sem ter as suas luvas de borracha. E mesmo as luvas têm prazo de validade. "Com o tempo deixam passar resíduos", explica. E tal como um enfermeiro que visita os pacientes, ele nunca falta à ronda pelas obras do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAM), da Fundação Calouste Gulbenkian. José António de Oliveira é um dos quatro responsáveis pela reserva que tem a maior parte das 10 mil obras do CAM. Na cave do museu encontramos uma reserva impressionante, tão limpa e organizada que passaria no teste do algodão.
Dois desumidificadores estão no meio da sala dos desenhos e esculturas, sempre a 25 graus, mas José apressa-se a explicar. "Estou a fazer uma experiência. Como temos um belíssimo sistema de ar condicionado, se tirar aquilo não vai ter água nenhuma, vai ver."
Um passeio pela zona das esculturas e vemos enjaulada numa montra de vidro uma boneca de pano. "É uma das primeiras obras da Paula Rego. Está selada porque se trata de tecido que ficaria cheio de pó", explica directora do CAM, Isabel Carlos. De que ano? "Anos 70", responde rapidamente José António que na hora do almoço e aos fins-de-semana gosta de ir trabalhar. "Há quem vá à missa, eu venho ver os quadros e reflectir."
No -2, há outra sala que é guardada para o final da visita do i. A intenção é clara: impressionar. José António destranca a pesada porta e entramos numa sala repleta de expositores deslizantes, às escuras. Os quadros estão pendurados para não empenarem e só se acendem as luzes de cada sector. Não se quer incomodar o Almada Negreiros ou o Amadeo de Souza Cardoso. É lá que vemos o quadro por que todos perguntam: o retrato de Fernando Pessoa. "Há peças que não podem vir para a reserva, já as tentámos rodar, mas é muito difícil tirar "Os Galgos" do Amadeo. Este ano arriscámos e tirámos o Fernando Pessoa, do Almada, mas as pessoas perguntam. Há esta ligação afectiva com as obras, é como ver um amigo", diz a directora do CAM. José António está atento à conversa e não precisa de utilizar o computador, onde estão catalogadas todas as obras, para encontrar o tão falado quadro.
As trombetas de D. José Quando se pensa na reserva do Museu dos Coches, imaginamos um armazém enorme com rodas, cadeiras e arreios. Não foi bem isso que encontrámos. Como nos explicou a conservadora Maria Ana Bobone, os coches estão todos em exposição. Até quando precisaram de ser reparados, o restauro foi feito na área aberta ao público, para que toda a gente pudesse ver. "São demasiado grandes para estarem aqui. Na sala da reserva temos peças mais pequenas, como as trombetas, selas, arreios e a maior parte do fardamento. Temos oito mil peças no museu e apenas 200 estão em exposição", diz Maria Ana Bobone. Nos armários de madeira até ao tecto, há um que se destaca. O número 16 é o que tem as peças mais valiosas, como as trombetas em prata, e está trancado a cadeado. "O rei D. José encomendou 22 para tocarem na inauguração da sua estátua no Terreiro do Paço. Além de serem valiosas, porque são de prata, ainda tocam, o que é único em todo o mundo", explica.
A reserva é pequena e a manutenção sazonal é feita lá dentro. Quando muda a estação limpa-se tudo, mas os cabedais e tecidos são vistoriados com regularidade. No fundo da sala há uma mesa de costura, onde são reparados os tecidos centenários. A reserva recebeu nestes dias uma nova inquilina: uma cadeira do século XVIII que precisa de cuidados especiais. Tem dois rasgões - algum visitante mais curioso a provar que nem todas as peças podem estar expostas. Pelo menos o ano inteiro. Até as peças precisam de descanso.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Química liga aves e dinossauros
"Foi como tocar em fantasmas." A expressão do geoquímico Roy Wogelius, da Universidade de Manchester (Reino Unido), revela que o próprio investigador ficou impressionado com a descoberta do seu grupo, sobre um fóssil que é um ícone da paleontologia e do qual já não se esperavam novidades bombásticas. Mas a surpresa aconteceu. Roy Wogelius coordenou uma equipa que pela primeira vez conseguiu ver os elementos químicos deixados por tecidos vivos num fóssil com 150 milhões de anos. Nomeadamente, os que correspondem às penas e que são o primeiro elo químico entre aves e dinossauros. Este caminho, diz o cientista, "é o futuro da paleontologia e uma mudança de paradigma na investigação".
A descoberta, publicada esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), foi feita graças à análise num acelerador de partículas de um fóssil de Archaeopteryx, uma espécie que está a meio caminho entre os dinossauros e as aves - é considerada, aliás, a primeira ave - e que viveu há 150 milhões de anos.
Os investigadores detectaram quantidades ínfimas de enxofre e fósforo, elementos que existem nas penas dos pássaros modernos, e também zinco e cobre, que são nutrientes essenciais para estes animais. Ao todo foram detectados seis elementos químicos distribuídos de forma diferente pelas várias partes do fóssil.
O facto de se terem encontrado diferentes concentrações desses elementos nos restos fossilizados e nas rochas envolventes confirma que os químicos no fóssil são vestígios do ser vivo que aquela "dino-ave" foi há 150 milhões de anos, segundo os cientistas.
A análise foi feita no Stanford Synchrotron Radiation Lightsource, na Califórnia (EUA), cujo sistema de raio X muito "luminoso" revelou o mapa químico do fóssil.
"Até agora falávamos de um laço físico entre aves e dinossauros, agora encontrámos um laço químicos entre eles", conclui o coordenador da investigação.
? A meio caminho entre ave e dinossauro, o Archaeopteryx, era uma vertebrado com a dimensão de um corvo que viveu no final do Jurássico e que é considerado a ave mais antiga, já de que é a mais antiga da qual há registos fósseis. Tinha dentes de dinossauro e uma longa cauda de ossos, mas tinha também elementos de ave, como as asas com penas, que lhe permitiam planar e voar entre as árvores. A primeira vez que se encontraram fósseis desta espécie já extinta foi há 150 anos, apenas um ano depois de Charles Darwin ter publicado o seu livro A Origem das Espécies e constituiu na altura a melhor prova até aí existente da teoria da evolução. Desde então já se descobriram nove outros fósseis da mesma espécie.
Dinossauros curiosos viajam de trem pelo tempo
Do JC Online
Um novo desenho animado vai fazer a garotada conhecer o mundo da paleontologia, ciência que estuda a vida do passado da Terra. Para isso, um dinossauro bem curioso chamado Bruno viaja com sua família em um trem especial, que pode entrar no túnel do tempo e visitar vários lugares.
A série Dinotrem estreou nessa segunda (10) no canal pago Discovery Kids e passará durante a semana, às 12h, e aos sábados e domingos, às 14h30. O desenho tem meia hora de duração.
Bruno é um tiranossauro rex filhote que foi adotado por uma família de pterossauros, espécie de dinossauro que pode voar. Eles viajam por oceanos, selvas e vulcões da pré-história em uma locomotiva colorida. Seu condutor, o senhor Trodonte, revela a seus passageiros dados fascinantes sobre animais pré-históricos.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Fossil Raro é encontrado
Tecodonte
Tecodonte é um réptil, já considerado um termo obsoleto, foi originalmente usado para descrever uma gama diversa de arcossauros, que apareceram pela primeira vez no Permiano e floresceram até ao fim do período Triássico. O grupo inclui os ancestrais dos dinossaurospterossauros, e crocodilianos, bem como uma série de outras formas extintas. (incluindo aves), e ancestrais dos
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Definição
Tecodontes são definidos por certas características primitivas partilhada, como o (uma abertura em cada lado do crânio entre o olho e as narinas) e dentes em soquetes. Tecodonte é o nome grego para dentes em soquete, referindo-se ao fato de que os dentes do Tecodonte foram fixados em soquetes no maxilar, uma característica que foi herdada pelos dinossauros.
Eles constituem um grau evolutivo dos animais, uma lixeira taxon para qualquer arcossaurocrocodiliano, um pterossauro, ou um dinossauro. O termo deixou de ser utilizado pela maioria dos paleontólogos, embora ele ainda pode ser encontrado em velhos livros (e livros bastantes recentes). Isso ocorre pelo fato deste processo evolutivo ainda não estar muito bem esclarecido. que não era um
Tecodontes da Paleorrota
O geoparque da paleorrota tem contribuido grandemente para esclarecer como se deu o processo evolutivo que levou ao surgimento e transformação de todas essas espécies.
Na cidade de São Pedro do Sul,no Sítio Paleontológico Chiniquá, foi coletado o Tecodonte Prestosuchus chininiquensis, pelo paleontólogo Friedrich Von Huene, em 1938.
Na cidade de Candelária foi coletado o Tecodonte Karamuru Vorax em 2000.
Esses arcossauros carnívoros podiam medir até 7 metros e pesar 700 kilogramas. Foram encontrados na formação Santa Maria e viveram no triássico médio.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Concientizesse
domingo, 2 de maio de 2010
Exposição "O Índio e a arqueologia no museu" chega a Campos
Durante a exposição, o público poderá conhecer algumas das peças cerâmicas encontradas em sítios arqueológicos do Norte Fluminense, confeccionadas pelas tribos indígenas que viveram na região, como os Tupi, Goitacá, Puri, Coroado e Coropó. Também serão realizadas palestras e eventos voltados às crianças. Em datas e locais a serem definidos, as crianças poderão entrar em contato com a experiência de arqueólogos e participar de escavações em sítios arqueológicos simulados.
As inscrições podem ser feitas, gratuitamente, no Museu Olavo Cardoso. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. A inscrição também pode ser feita pelo telefone (22) 2726-3021.
Cepa registra descoberta do milésimo sítio arqueológico
MARCA HISTÓRICA > LOCALIZAÇÃO OCORREU NAS MARGENS DO JACUIZINHO |
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A equipe de funcionários e bolsistas do Cepa, coordenada pelo professor Sérgio Klamt, coletou na área diversas amostras de material lítico utilizado pelos indígenas, como picões, talhadores e batedores. De acordo com Klamt, a constatação de que se tratava do milésimo sítio localizado pelo Centro ocorreu apenas no momento do registro, no dia 18 de julho de 2009. Observa que o cadastramento histórico aconteceu no ano em que o Cepa completou 35 anos de fundação.
O coordenador do Cepa afirma que ainda não houve o aprofundamento do estudo nas amostras e escavações no local. Mas as características do material e da área indicam se tratar do sítio de um grupo caçador e coletor, que deve ter acampado na beira do rio em função da disponibilidade de matéria-prima, com a cascalheira próxima, e da facilidade para a pesca. Ele observa que, na região, houve a descoberta de vestígios de diversas tribos da tradição umbu. O Cepa também possui no seu acervo uma panela (urna) da tradição guarani – caracterizada como de grupos horticultores –, localizada em área próxima, que pode datar de 500 a 600 anos.
Os caçadores e coletores, segundo Klamt, viveram há mais tempo na região, chegando a cerca de mil anos antes de Cristo. Apenas na área com projeto para as quatro PCHs, houve a localização de 15 sítios arqueológicos. Klamt explica que a pesquisa deverá ser aprofundada quando ocorrer a construção das hidrelétricas na região. Depois do registro do milésimo sítio, o Cepa já fez o cadastramento de mais 40.